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Resenha literária - A moreninha

Sabe quando você fala sobre uma determinada coisa como “ desta água nunca beberei” e dali a pouco aquela coisa te faz calar a boca, re...


Sabe quando você fala sobre uma determinada coisa como “ desta água nunca beberei” e dali a pouco aquela coisa te faz calar a boca, repensar e valorizar o que você até então tratava com descredito? Então, eu era assim a alguns anos atrás quanto a literatura brasileira e foi esse livro incrível, que me fez fechar a boca e reverenciar nossos autores fantásticos. Saudações, leitores e leitoras e vamos a mais uma resenha aqui no blog, agora, sobre um clássico!

Sinopse pelo Skoob: 


Como se manter fiel ao juramento de amor feito no passado, diante de uma nova e ardorosa paixão? É o que se pergunta Augusto ao conhecer Carolina, a Moreninha. Uma resposta surpreendente será dada ao personagem nas páginas deste agradável livro de Joaquim Manuel de Macedo. Publicado em 1844, este é o primeiro romance da nossa literatura.
Esta divertida história de amor retrata com perspicácia a sociedade do Rio de Janeiro do Segundo Reinado.

Disponível em: http://www.skoob.com.br/a-moreninha-529ed688.html

Em 1844, o recém-formado em medicina Joaquim Manuel de Macedo, publicou o livro que abriria as portas do Romantismo para a literatura brasileira, o tão aclamado livro “ A moreninha”.

O que seria de nós, pobres e indefesos universitários sem um amigo para nos colocar nas mais terríveis situações (ou não tão terríveis assim!)?
Eis o que acontece com nosso protagonista em questão, Augusto, um jovem estudante de medicina que acaba por aceitar uma aposta com seus três amigos, Fabrício, Leopoldo e Felipe, quando este último os convida para passar o feriado que se aproximava na casa de sua avó e conta aos colegas a fim de persuadir Augusto a aceitar o convite que os demais já haviam aceitado, sobre suas duas primas e sua irmã mais nova. Augusto, é o típico moço namorador, porém nada romântico. Descreve a si mesmo já no início do romance, como sendo inconstante e com uma facilidade incrível de apaixonar-se, o que lhe tira a capacidade de amar, nem que seja uma única vez.

“- A alma que Deus me deu, continuou Augusto, é sensível demais para reter por muito tempo uma mesma impressão. Sou inconstante, mas sou feliz na minha inconstância, porque apaixonando-me tantas vezes não chego nunca a amar uma vez. ”

A aposta que dá origem ao livro consiste no seguinte, caso Augusto no tempo em que estiver na casa de seu amigo venha a enamorar-se de uma das moças ali presentes por mais de três dias, este deveria escrever um romance contando esta história. Do contrário, deveria então Felipe escrever também um livro relatando a história de seu fracasso.
A história de fato se desenvolve com a chegada do quarteto fantástico à ilha. É uma história doce, envolvente, porém não tanto surpreendente. Ao longo da trama descobrimos um Augusto diferente, sua inconstância da qual tanto se orgulha agora, tem na verdade sua origem em uma promessa feita a tanto tempo atrás. De fato, talvez seja ele o mais fiel dentre seus amigos, quando se trata dos assuntos do coração.

E claramente, não podemos deixar de lembrar da travessa moreninha, Carolina. Uma moça diferente das demais, enquanto Joaquina e Joana são sutis e delicadas, Carolina é astuta, obstinada e dona de uma capacidade sem igual de estar em plena atividade a cada segundo do dia. Não fica maquiando o que quer dizer, mas também não perde a essência romântica das mulheres de sua época que tanto inspiravam os poetas. Ela é de fato, uma personagem encantadora.

É uma obra típica do romantismo (a qual de fato o livro pertence). Muito se vê de idealização, o amor é muito bem estereotipado, como deve e como não deve ser. A mulher com sua beleza infinita, singela e doce. O homem como sendo forte e decidido.A moreninha, foi a primeira obra literária brasileira. Em sua época e mesmo hoje, é muito lido e reverenciado (Quem nunca ouviu falar sobre “ A moreninha” quando estudava as escolas literárias no ensino médio que me dê um livro de presente! Quem já ouviu também, eu aceito livros de qualquer modo! Hahaha).

 Quando li “ A moreninha”, foi graças a um trabalho do colégio, foi ali que o meu preconceito com a literatura brasileira começou a declinar. Sim, foi mérito de uma professora e sinceramente agradeço. Para ser sincera, tenho uma relação muito forte com esse livro, me vejo no Augusto do início, aquele que tem sérios problemas com uma chamada inconstância, mas que ao mesmo tempo se orgulha dela.  

Se é uma obra que indico? Depende, você está disposto a ler um livro voltado a uma história de amor inocente, com uma trama completamente envolvente, porém com uma leitura não tão fácil, dada a época em que foi escrita? Se a sua resposta for sim, caro leitor, então tens à mão a obra perfeita para lhe entreter enquanto durar sua leitura. Se sua resposta for não, bom, nesse caso eu humildemente aconselho que a mude e vá ler o livro mesmo assim! 

E então, ao fim chegamos. E os deixo, meus queridos, com uma das mais belas citações sobre esse tal amor que já li e que está exatamente nesta incrível obra.

“O tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as circunstâncias e de obrigá-lo a fazer quanta parvoíce há neste mundo. O amor faz o velho criança, o sábio doido, o rei humilde, cativo; faz mesmo, às vezes, com que o feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. ”

Beijinhos da Min!





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2 comentários

  1. Não conhecia Moreninha, parece um pouco clássico, romancista que já li são os da Jane Austen. Fiquei entre a duvida e a curiosidade, porém não tive um sentido forte dos personagens.

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    Respostas
    1. Olá, Mirian.. é sim um ótimo romance! se quer um conselho, vá pela curiosidade.. é uma leitura muito boa! :)

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Peixinho idealizadora

Oi, eu sou a Iza! Tenho 19 anos, sou universitária, viciada em livros de ficção fantástica e científica, filmes e séries de todos os tipos. Nesse blog você encontrará muitas resenhas, indicações e discussões sobre coisas do universo geek. Ah, também tem textos e dicas sobre a vida universitária. Espero que aproveitem!

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